- 21 Janeiro, 2014
Ao fim de mais um ano, de intensa labuta, o momento é para balanço, isto é, de ter em conta as realizações conseguidas, especialmente em termos de avanços, bem como os constrangimentos com os quais deparamos, de forma a enfrentar bem os desafios do novo ano, que se espera serem muitos. Comecemos por dizer que 2013 foi um ano de muitas realizações para o Instituto Nacional de Estatística (INE), mas também de alguns constrangimentos, que na medida das possibilidades procuramos minimizar. Na verdade, graças ao forte engajamento dos nossos parceiros e ao empenho do colectivo do INE, os objectivos preconizados foram amplamente cumpridos, tendo-se mesmo realizado mais do que o previsto.
Em 2013, o INE realizou várias operações estatísticas, quais sejam: a Actualização Cartográfica; o IV Recenseamento empresarial; o Inquérito Multi-objectivo Contínuo (englobando os módulos Emprego, Condições de Vida, Migrações, Governança, Paz e Segurança e Práticas Familiares), destacando que, neste ano, a recolha dos dados deste inquérito foi feita através do sistema CAPI – um aplicativo informático que, incorpora as principais nomenclaturas, permite uma planificação e seguimento semanal, um maior controlo dos dados recolhidos, mas também um menor tempo entre a finalização dos trabalhos no terreno e a divulgação dos dados. O Instituto realizou ainda um inquérito de Cobertura da Campanha Vacinação contra o Sarampo e a Rubéola e um inquérito sobre o Salário Mínimo, este último, em parceira com a OIT, operações estas que, não obstante não estarem previstos no Plano de Actividades do INE para 2013, foram realizados dado a sua importância para o País. No ano findo, o INE concluiu a reforma das Contas Nacionais, que teve o início em 2010 com o apoio do INE de Espanha, com o qual o têm uma cooperação. Neste contexto, foi apresentada a nova série das Contas Nacionais de 2007 a 2011, tendo como ano de referência 2007, em substituição do ano de base fixo 1980. Para além disso, procedeu à mudança do Sistema de Contas Nacionais de 1968 para 1993 (SCN68 para SCN93), com todos os ganhos daí advenientes. Igualmente, foi possível retrapolar as contas até 1990, ficando assim com uma série de contas com o SCN93 de 1990 a 2011, o que é um avanço extraordinário. Essa mudança era necessária e vem no seguimento de recomendações feitas nesse sentido pelas Nações Unidas. Actualmente, já há países que estão a implementar o Sistema de Contas Nacionais de 2008 (SCN2008), sendo que este será o próximo desafio do INE. A nível nacional, o motivo da mudança são as reformas económicas que vêm sendo implementadas desde a liberalização da economia, surgindo muitas actividades que não existiam em 1980 tornando o ano de base desajustado em relação à realidade do país. Para além disso, aumentou-se consideravelmente o número de empresas activas e o próprio desfasamento do ano base, que se recomenda que seja de 5 a 10 anos.
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