- 24 Abril, 2015
O INE apresentou, hoje, dia 24 de Abril, as Contas Nacionais Trimestrais que abarca o processo de selecção dos indicadores para a trimestralização da série 2007-2012 e a estimação dos trimestres de 2013 e 2014.
É importante realçar que, o Instituo Nacional de Estatística (INE) vem produzindo, até a presente data, as Contas Nacionais Anuais (CNA) que normalmente ao nível global exige, no mínimo, um período de dois anos para a sua compilação. Isto deve-se a vários factores, entre os quais a necessidade de dados de várias fontes que entram na sua compilação, o período legal em que as empresas apresentam as suas contas (31 de Maio) e só depois desta data se pode recolher as informações para as CNA. Assim, o INE fixou como uma das suas prioridades na Estratégia Nacional de Desenvolvimento da Estatística 2012 – 2016, a implementação das Contas Nacionais Trimestrais (CNT). Para o efeito, foi necessário adequar o seu sistema de contas aos novos tempos, passando de 1968 para o SCN 1993 e a mudança do ano de base das contas nacionais de 1980 para 2007. Publicou-se as contas até 2012 e fez-se a retropolação da serie até 1990.
Reunidas as condições técnicas, o INE decidiu avançar para as Contas Nacionais Trimestrais (CNT). Trata-se de um projecto que a instituição vem prosseguindo já algum tempo e tem por objectivo disponibilizar informações mais oportunas às autoridades e aos utilizadores de uma forma geral. Nesta óptica, o INE beneficiou de algumas missões pontuais de Assistência técnica de instituições de referência, nomeadamente o INE de Espanha, FMI, STATEC- Luxemburgo,INE de Moçambique e INE de Marrocos.
As Contas Nacionais Trimestrais fornecem, a um ritmo infra-anual, informação macroeconómica completa, relativamente detalhada, coerente e, principalmente integrada com o Sistema de Contas Nacionais Anuais publicado anteriormente. A informação trimestral, em valor corrente e em valor a preços do ano anterior (em volume), permite uma melhor observação dos ciclos económicos, o seu seguimento, a sua compreensão e consequentemente, uma previsão plausível da dinâmica da economia.
Segundo os resultados, em 2013 verificou-se uma variação positiva de 1% do PIB em volume encadeado acumulado dos quatro trimestres, resultante essencialmente dos aumentos registados nos ramos da pesca, electricidade e água, alojamento e restauração e telecomunicações. No entanto, registou-se uma queda nos ramos da Agricultura, Extracção, Construção, Comercio e Transportes. Em 2014 o crescimento de 2.7% deve-se, essencialmente, à evolução positiva dos ramos, Pesca, Construção, Telecomunicação e Serviços às empresas.
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