- 9 October, 2020
De acordo com os resultados obtidos no segundo trimestre de 2020:
• O turismo continua a ser o sector mais afetado pela pandemia da COVID-19;
• Cerca de 83% das empresas inquiridas afirmaram que houve redução no seu volume de negócios devido à pandemia da COVID-19. As restrições no âmbito do Estado de Emergência (respondidas por 75% das empresas) e as dificuldades na entrega/encomendas (72% das respostas) foram apontadas como as principais causas do forte impacto no volume de negócios. Destaque para os sectores do comercio (33,3%) e indústria e energia (21,7%). Das empresas que tiveram aumento do volume de negócios, cerca de 40% estimaram que esse acréscimo foi inferior a 10%;
• As empresas entrevistadas atestaram que a pandemia teve impacto na redução no número de pessoal ao serviço. Os sectores do turismo e comércio foram os sectores mais afetados;
• O lay-off foi fortemente apontado pelas empresas como sendo uma das medidas muito relevantes do Governo (três em cada quatro empresas inquiridas tiveram esta apreciação);
• O sistema de teletrabalho foi pouco utilizado no 2º trimestre. Mais da metade das empresas inquiridas (54%) afirmou que não tiveram pessoas no sistema de teletrabalho. Das empresas que tiveram, 36% consideram que o teletrabalho não teve nenhum impacto na produtividade, cerca de 28% são de opinião que o teletrabalho diminuiu a produtividade e quase 6% asseguraram que este sistema aumenta a produtividade;
• A adesão à moratória, como medida de apoio às empresas cabo-verdianas, foi pouco expressiva no trimestre em estudo. Um pouco mais de um terço das empresas inquiridas garantiu ter beneficiado de moratórias no cumprimento do serviço da dívida e quase 60% asseguraram que planeiam beneficiar dessa medida do Governo e das instituições financeiras;
• 81,2% das empresas responderam que não tiveram necessidade de recorrer ao crédito bancário para pagar salários ou outras obrigações. Das empresas que tiveram tal necessidade, 31,3% afirmaram ter beneficiado do crédito em condições mais favoráveis comparativamente a pedidos anteriores;
Inquérito de Avaliação de Impacto da Pandemia da COVID-19 – 2º Trimestre 2020
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• As empresas, na sua maioria (71,6%), afirmaram não ter nenhum investimento em curso no trimestre em estudo. No entanto, cerca de 25% das empresas inquiridas tiveram algum investimento em curso. Destas, cerca de 30% tencionam reduzir o ritmo dos investimentos devido a pandemia da COVID-19, com realce para os setores do comércio e da indústria e energia;
• Cerca de 44% das empresas entrevistadas afirmaram ter projetos de investimentos em carteira. Destas, 34,8% pretendem ajustá-los ou mudá-los, devido a pandemia da COVID-19;
• Cerca de 26% das empresas inquiridas estimam que no 3º trimestre o volume de negócios irá manter-se igual ao do trimestre anterior;
• A maior parte das empresas (80,3%) estima que, no 3º trimestre, o número de pessoal ao serviço irá manter-se igual ao do trimestre anterior. Contudo, as empresas dos setores do turismo e das instituições financeiras e de seguros são as que mais acreditam que, no 3º trimestre, o número de pessoal ao serviço irá reduzir contrariamente à opinião das empresas do setor da construção e atividade imobiliária;
• Quando questionados sobre as suas expectativas em relação ao fim desta crise pandémica da COVID-19, quase 34% das empresas inquiridas responderam que é a partir de 2022 e 60,4% acreditam em 2021. Aproximadamente, 6% ainda admitem em 2020.
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