Fecundidade e nupcialidade RGPH 2021

Os níveis de fecundidade na maioria dos países da África-subsaariana permaneceram altos e praticamente constantes até a década de 1980, com Taxa de Fecundidade Total (TFT)2 entre 6 e 7 filhos por mulher. A partir daí, a fecundidade tem caído na maioria dos países da região, mas com distintas características. A TFT do conjunto dos países da África-subsaariana caiu de 6,8 filhos por mulher em 1980 para 4,7 em 2020. Em Cabo Verde, a transição de fecundidade tem sido mais rápida que a média dos países da região. A TFT, em Cabo Verde, que era de 6,4, em 1980, atingiu o patamar de 3 filhos por mulher em meados da década de 2000 (UNPD, 2022).
À luz das diretivas saídas da Conferência Internacional sobre a População e Desenvolvimento (CIPD), ocorrida no Cairo em 1994 – que reconheceu que a saúde e os direitos reprodutivos, bem como o empoderamento das mulheres e a igualdade de género, são fundamentais para os programas de população e desenvolvimento – acentuou-se o reforço de programas que concorram para o declínio da fecundidade.
Deste ponto de vista, dado que o declínio do nível de fecundidade afeta diretamente a dinâmica e a composição da população, interessa avaliar e analisar a intensidade e o calendário da fecundidade atual à luz destas mudanças ocorridas. Outrossim, a estimativa da fecundidade diferencial, através da variação da fecundidade, segundo alguns fatores selecionados, é de extrema importância. De entre os vários fatores que
contribuíram para o declínio da fecundidade, propôs-se utilizar os dados do RGPH 2021, referentes aos nascimentos vivos, nos últimos 12 meses que antecederam o recenseamento, para pesquisar a relação existente entre alguns comportamentos demográficos e socioeconómicos e a fecundidade, passando pelos comportamentos socioculturais da população.

Anexos

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FECUNDIDADE E NUPCIALIDADE CENSO 20214 MB


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