Autonomia económica

Representa a capacidade de gerar renda e recursos próprios, a partir do acesso ao trabalho remunerado.

A autonomia económica das mulheres está vinculada a capacidade das mulheres de ser provedoras tanto delas como de pessoas que possam que dependam delas. Inclui a geração de rendimentos e recursos próprios a partir do acesso ao trabalho remunerado em igualdade de condições que os homens. Inclui também a capacidade de decidir o que fazer com os recursos, assim como o acesso à segurança social.

Os dados mostram que em Cabo Verde mais de 1/3 da população com 15 anos ou mais é economicamente dependente, ou seja, não tem nenhuma fonte de rendimento, mas são sem dúvida as mulheres as que tem menor autonomia, pois representam quase o dobro dos homens na mesma condição, mostrando o profundo fosso que existe entre mulheres e homens e aponta para a existência de profundas desigualdades no acesso ao trabalho remunerado.

A taxa de atividade dos homens é superior a taxa de atividade das mulheres, o que indica que existem fatores que limitam à disponibilidade destas na entrada no mercado de trabalho. Essas limitações geralmente estão relacionadas como as responsabilidades com o bem-estar físico e emocional, o apoio psicológico e afetivo aos integrantes da família e a manutenção das relações sociais a família o qual recai principalmente sobre as mulheres (trabalho reprodutivo) .

Geralmente as mulheres quando entram no mundo produtivo, continuam garantindo o trabalho reprodutivo no lar, do que resulta que são elas as que acabam por ter uma maior carga total de trabalho. Tendo em atenção esse facto foram incluídos indicadores sobre o Uso do Tempo, o relatório do Módulo do Uso do Tempo e Trabalho não Remunerado, 2012, e que publicado pelo INE em 2014 constitui uma ferramenta poderosa, no que concerne as especificidades e complexidades da Autonomia da Mulher. 

 

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